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O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, afirmou, em Ponta Delgada, que os Açores têm uma história e uma matriz de identidade “acolhedora e tolerante”, destacando os açorianos como povo integrador, de “diálogo e vivência intercultural”. “Quando olho atualmente o papel dos imigrantes, olho com a naturalidade da história da vida dos Açores, de cada uma das ilhas”, destacou José Manuel Bolieiro, durante a apresentação da obra “Transatlântico – As migrações nos Açores”, da autoria de José Andrade. Para além das migrações representadas na obra de José Andrade, salientou José Manuel Bolieiro, “a mobilidade turística põe os açorianos cada vez mais no mundo global de vivências interculturais”. “Os Açores sempre estiveram empenhados em valorizar com orgulho a sua diáspora e participar igualmente nas externalidades onde os açorianos se incluem com integral participação”, referiu o Presidente do Governo, dando como exemplo o contexto da “integração da região na União Europeia”. Nesta projeção atlântica da Europa, indicou ainda José Manuel Bolieiro, os açorianos souberem sempre “receber bem”, o que deixou uma “marca de contrariar a tendência do isolamento, da solidão, com a ansiedade e o rosto do convívio”. Uma parte da emigração açoriana fez-se naturalmente por “necessidade e por ambição”, e é por isso que a diáspora açoriana é de “sucesso, de integração e de influência na comunidade de acolhimento”, advogou o chefe do Executivo açoriano. “Ainda hoje existem referências culturais e de património em várias comunidades de acolhimento de açorianos, tal como o Brasil ou o Havai”, com características bem “identificadoras da açorianidade”, exemplificou também. Com prefácio assinado por José Manuel Bolieiro, a obra que aborda as migrações nos Açores reúne 50 textos produzidos por José Andrade, Diretor Regional das Comunidades, nos últimos dois anos, com informações e reflexões sobre os açorianos residentes no exterior da região e os estrangeiros radicados nos Açores.