As sociedades hierarquizam-se em função de um centro com base em critérios de centralidade geométrica ou geográfica. A estratégica localização dos Açores, fronteira mais ocidental da Europa, na convergência das rotas oceânicas, unindo as duas margens do Atlântico, expõe a demografia insular ao contacto com pessoas e bens que, se podiam contribuir para o desenvolvimento local, arrastavam consigo o perigo do contágio epidémico. Por seu lado, a emigração influenciou, ao longo da história açoriana, o volume e as estruturas demográficas das nove ilhas do arquipélago, tanto de uma forma directa como indirecta, neste caso através do declínio da nupcialidade e da natalidade. Hoje, quando esta parece adquirir uma menor relevância mantêm-se, em nosso entender, muitas das características que identificam o arquipélago dos Açores como região de fronteira.
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